A recente ação da Prefeitura de São Paulo, que impediu artistas de rua de se apresentarem na Avenida Paulista, é um ataque inaceitável à cultura e ao direito à expressão artística.
A proibição da apresentação da banda Picanha de Chernobill, ocorrida no último dia 2, sob a justificativa de supostas reclamações de moradores, reflete o desprezo dos governos de ultradireita pela arte e pela cultura popular. Trata-se de mais um exemplo de repressão e censura, uma prática autoritária de resquício da ditadura que não pode ser tolerada.
A arte de rua é o ganha-pão de milhares de trabalhadores da cultura, que encontram nas apresentações ao ar livre uma forma digna de sustento. A Avenida Paulista, especialmente nos domingos e feriados, é um espaço de convivência, lazer e manifestação cultural. A população vai ao local não apenas para ver prédios, mas para escutar música, poesia, ver arte e interagir com diferentes expressões culturais que enriquecem a cidade.
O direito dos artistas de rua já está garantido por legislação e não pode ser atropelado por decisões arbitrárias da administração municipal.
A truculência da Prefeitura de Ricardo Nunes (MDB) precisa ser repudiada por todos. Exigimos que o prefeito e a Secretaria Municipal de Cultura respeitem e garantam o direito à arte de rua, em vez de reprimi-la.
A CSP-Conlutas manifesta total solidariedade aos artistas que tiveram suas apresentações interrompidas e apoiamos o protesto realizado neste domingo (9) na Avenida Paulista. Seguiremos na luta contra qualquer tentativa de censura e repressão à cultura popular. Deixem a arte passar!