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Mais dois brasileiros integram Flotilha para levar ajuda humanitária à Palestina

Desde final de abril uma ação coletiva global vem aguardando liberação para sair de Istambul, na Turquia, e levar ajuda humanitária a Palestina. É a Flotilha da Liberdade. Composta por três navios, cerca de 1 mil ativistas internacionais pretendem levar 5,5 toneladas de ajuda humanitária a Faixa de Gaza.

A carga com medicamentos, materiais de higiene, equipamentos de dessalinização da água, alimentos não perecíveis, roupas etc. está parada por pressão do governo israelense para que não chegue ao destino.

A Flotilha da Liberdade, coalizão de organizações e ativistas de mais de 30 países, realiza expedições a Gaza desde 2010 na tentativa de furar o bloqueio israelense e garantir ajuda humanitária à população palestina.

No final de abril, o Brasil de Fato divulgava que os requisitos técnicos e de tripulação para dar início à viagem rumo à Gaza haviam sido concluídos, inclusive com a formação dos participantes em ação direta não violenta, caso houvesse abordagem por parte das tropas israelenses no trajeto.

Contudo, a organização informou em nota dias depois. “A Flotilha da Liberdade está pronta para navegar. Toda a documentação necessária foi submetida à autoridade portuária e a carga foi carregada e preparada para a viagem a Gaza. No entanto, hoje [25/4] recebemos a notícia de um bloqueio administrativo iniciado por Israel na tentativa de impedir a nossa partida”, constava do texto.

Desde então a flotilha se encontra sem poder sair de Istambul.

Delegação brasileira

Do Brasil, o ativista internacionalista Thiago Ávila já integrava a iniciativa que agora deve ganhar o reforço do dirigente do Sintusp, Magno de Carvalho, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas e o ativista pró-Palestina Mohamad El Kadri, do Fórum Latino-Palestino.

Segundo Magno, é necessário buscar dar visibilidade à iniciativa. “A Flotilha da Liberdade cumprirá o papel de pressão internacional pelo imediato cessar-fogo e ajuda humanitária é vital e cada vez mais urgente, e precisamos antes quebrar o silêncio da mídia sobre a flotilha e os impedimentos burocráticos que impedem sua partida por pressão de Israel”, ressalta o dirigente.

A CSP-Conlutas defende a intensificação da exigência de ruptura do governo brasileiro com Israel de forma categórica. “O governo Lula reconhece um genocídio em curso, é necessário romper relações imediatamente com o estado sionista de Israel”, indica Magno.

Flotilha da Liberdade

Esta não é a primeira flotilha global organizada em defesa da Palestina. Em 2010, uma ação marítima tentou furar o bloqueio que vinha sendo imposto por Israel à Faixa de Gaza por terem eleito o partido Hamas nas primeiras eleições democráticas ocorridas no território palestino, em 2006. A flotilha global de 2010 também teve como ponto de partida a cidade turca, mas em maio daquele ano o grupo que continha seis barcos sofreu grave ataque da marinha israelense.

Nove tripulantes foram mortos e dezenas, feridos.

A ativista brasileira Sarah Lee que participava da flotilha contou ao BdF: “Eles começaram simplesmente a matar as pessoas e jogar os corpos ao meu lado. Mais do que com medo, eu fiquei injuriada. A primeira coisa que eles fizeram foi cortar nossa comunicação por satélite, antes de invadirem nosso barco de forma ilegal, em águas internacionais com helicópteros, comandos, barcos. E mataram mesmo. Miravam na cabeça e atiravam. Foram tão covardes que, depois de tirarem nossas câmeras, telefones, roubaram nossos cartões de crédito e foram fazer compras pessoais. Além de tudo são ladrões”.  

 O presidente turco, Recep Tayip Erdogan, precisou intervir para levar a tripulação de volta a Turquia.

Ainda segundo Sarah, houve tentativa de não dar visibilidade a tal violência. “Entendi aí a força do lobby israelense na mídia norte-americana. Hoje sabemos o que acontece em Gaza porque todos têm um celular, sobem na internet sem mediação. Se fossemos contar com a grande mídia, teríamos apenas a versão de Israel”, lamentou a ativista.

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