Estudantes da USP (Universidade de São Paulo) deram início no final da tarde desta terça-feira (7) a um acampamento em defesa do povo palestino e em repúdio ao genocídio que vem sendo imposto por Israel na Faixa de Gaza. A iniciativa reproduz a mobilização iniciada por estudantes norte-americanos e de outros países e se dá um dia após Israel rejeitar uma proposta de cessar-fogo e iniciar sua ofensiva militar na cidade de Rafah, o que pode agravar ainda mais o genocídio em curso.
Dezenas de barracas já estão sendo montadas no vão da sede de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH). Cerca de 200 estudantes já estão mobilizados no local. A iniciativa é organizada por várias organizações estudantis da USP, que integram o comitê “Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino” (ESPP-USP).
Além do apoio à causa palestina, os estudantes exigem um boicote acadêmico da USP e da FFLCH em relação a Israel. Outras iniciativas como um abaixo-assinado também estão sendo encaminhadas.
“Os convênios da USP com universidades e organizações israelenses, a exemplo do Israel Corner, ajudam a desenvolver tanto a tecnologia empregada por Israel no genocídio palestino, como as bases científicas e acadêmicas de sustentação da ideologia e do Estado sionista e que sustentam o genocídio e o apartheid racista do sionismo”, afirma Mandi Coelho, coordenadora do CAELL e ativista do Coletivo Rebeldia, filiado à CSP-Conlutas.
“É preciso derrotar a guerra genocida de Israel, bem como fortalecer a luta por uma Palestina Livre, do Rio ao Mar, laica, democrática e não racista”, disse a estudante.
Outros coletivos estudantis filiados à Central e entidades filiadas também estão presentes na mobilização, como Faísca Revolucionária, SOB, Sintusp, entre outras.
“A solidariedade internacionalista com o povo palestino pelo movimento estudantil é um grande exemplo anti-imperialista neste momento, quando Tarcísio de Freitas é um representante do sionismo no estado de São Paulo e Lula mantém as relações com Israel de pé, tendo recentemente comprado blindados de companhia israelense. Chamamos a fortalecer essa iniciativa e a construir uma forte jornada de mobilizações nos próximos dias, que ocupe a universidade solidariedade ao povo palestino”, afirmou em nota do coletivo estudantil Faísca Revolucionária.
*Matéria em atualização