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Professores voltam a denunciar caos na atribuição de aulas em São Paulo

A educação estadual de São Paulo está vivendo uma situação de caos, onde milhares de professores não tem emprego e milhares de alunos estão sem aula devido à falta de profissionais contratados.

Não há lógica para este cenário que escancara o projeto do governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Secretário de Educação, Renato Feder, para desmontar a carreira de professores e acabar com a Educação pública.

O problema não é novo, e já havia ocorrido em 2023. Um processo de atribuição de aulas sem transparência, confuso e com uma série de denúncias de irregularidades. A principal vítima é novamente o docente Categoria O (temporários) e que representam quase metade dos 216 mil profissionais que trabalham no estado.

Nos demais anos, um dos critérios preponderantes para a atribuição era o tempo de serviço. Mas, em 2024, a regra passou a favorecer as melhores pontuações em um concurso realizado em 2023. No entanto, há inúmeras denúncias sobre o processo seletivo.

“Temos de denunciar também todos os erros da Secretaria de Educação que ofereceu porcamente um concurso público cheio de vícios e totalmente confuso e mal aplicado. Isso prejudicou a vida de muitos”, afirma o Prof Eduardo, em depoimento gravado para a campanha do coletivo Reviravolta na Educação.

“O governo Tarcísio de Freitas está nitidamente boicotando nossa Educação e irá afetar diretamente a vida das famílias em que os pais precisam trabalhar e os filhos precisam estar na escola”, conclui o companheiro.

Há também a denúncia de utilização de uma inteligência artificial para realizar a correção de vídeo-aulas, o que teria levado há inúmeras distorções. Além disso, muitos do que passaram no concurso, que deverá contratar apenas em 2025, não aceitaram tornar-se professores temporários neste ano.

Em artigo publicado no site da CSP-Conlutas, a professora Cristiane Banhol alerta para o assédio e punições com desconto de dias de licença-saúde na pontuação. Há também denúncias de direções de escola escondendo aulas e utilizando da falta de transparência para punir professores de luta.

“Nós temos que denunciar essa atribuição de aulas sem nenhuma transparência. Tenho amigas professoras há anos que ainda não conseguiram. Outras tiveram as aulas atribuídas, mas divididas em 10 escolas diferentes. Queremos que obedeçam os critérios estabelecidos”, afirma Fátima de Jesus, do coletivo Reviravolta na Educação.

Outro ponto citado por professores é a classificação no banco de talentos que reúne os interessados em atuar na rede pública. O preenchimento dos requisitos é confuso e levou diversas pessoas ao erro e a consequente má colocação na lista.

“A gente não errou porque a gente quis. A pergunta no banco de talentos era dúbia. Nós queremos a lista do banco de talentos, sequer sabemos nossa colocação. Não temos dinheiro nenhum na conta e não conseguimos abrir contrato. Eu não posso ficar desempregada”, explica Amanda, professora dos anos iniciais, em depoimento ao coletivo Reviravolta.

Protestos

Diante deste cenário, os professores têm protestado em frente à SEDCU (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo). Os atos ocorrem quase que semanalmente e cobra uma solução do governo.

Além disso, a categoria também denuncia o plano de Tarcísio de tentar reduzir de 30% para 25% os recursos da Educação, a política do fechamento de salas de aula, a implementação do Novo Ensino Médio e o processo de privatização da escolas.

A CSP-Conlutas defende que é urgente a mais ampla unidade de toda a categoria na luta por atribuições justas e transparentes, e com todos os profissionais da educação e a classe trabalhadora em defesa da educação e do serviço público.

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