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Sindicatos protestam na Alesp contra privatização e preparam greve para 28/11

Audiência na Alesp discutiu privatização sob protestos de trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM, além de representantes de outros sindicatos, movimentos e partidos

A audiência pública promovida pelo governo Tarcísio para discutir a proposta de privatização da Sabesp, nesta quinta-feira (16), ocorreu sob protestos dentro e fora da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

A manifestação foi organizada pelo Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de SP), com apoio dos sindicatos dos Metroviários e dos Ferroviários da CPTM, que também estão sob ameaça dos planos privatistas do governo Tarcísio.

Reunindo representantes de centrais sindicais, sindicatos de outras categorias, movimentos sociais e partidos, o ato denunciou os males contidos nos planos do governador bolsonarista que quer entregar para empresários serviços essenciais à população. Representantes da CSP-Conlutas estiveram presentes.

O projeto que prevê a privatização da Sabesp tramita em regime de urgência após manobras do governo. A audiência chegou a ser cancelada por uma decisão da Justiça no último dia 6, pois o governo não garantiu os prazos e procedimentos.

A Sabesp não pode ser uma nova Enel

O caso da Enel, concessionária privada de energia elétrica no estado de SP, que deixou mais de 2 milhões de pessoas na Grande São Paulo sem luz, por mais de uma semana, após o temporal ocorrido no dia 3 de novembro, foi destaque nas falas. A empresa é alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Alesp e teve um pedido de cancelamento de contrato feito à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

O presidente do Sintaema, José Faggian, falou da realidade de cidades que privatizaram o saneamento no Brasil e no mundo: o acionista privado maximiza os lucros, reduz os investimentos e precariza os serviços. Ele citou exemplos nacionais como Manaus (AM) e Campo Grande (MS). São 23 anos de privatização do saneamento na capital amazonense e apenas 15% do esgoto é tratado e somente 25% da população tem acesso à água e ao esgoto, de maneira integral.

“Campo Grande é outro exemplo que também está privatizado desde 2001. Nesse processo foi trocado por três vezes o operador privado porque não se cumpria o contrato. Hoje a operadora em Campo Grande é a Aegea que registra lucros recordes somando mais de um bilhão de reais em lucro e hoje tem uma das maiores tarifas do Brasil. Em Campo Grande 20 m3 de água custam 252 reais enquanto a gente paga 168 reais aqui em SP”, comparou Faggian.

O vice-presidente do Sindicato dos Metroviários e integrante da CSP-Conlutas/S Narciso Soares falou no ato em frente à Alesp.

“Tarcísio atacou os trabalhadores do Metrô que fizeram greve, demitiu 8 metroviários, para tentar destruir nosso movimento e impedir a luta. Mas vamos mandar um recado: lutar não é crime.  Vamos tomar as ruas no dia 28 e mostrar para esse governador que não vamos aceitar privatização da Sabesp, do Metrô ou da CPTM e nem demissão”, disse.

As categorias realizam na próxima semana assembleias para confirmar um novo dia de paralisação unificado no dia 28. Vamos à luta!

Vamos mostrar para o bolsonarista Tarcísio que os trabalhadores não aceitam privatização! Exigimos que o governo realize um plebiscito oficial em todo o estado e consulte a população!

Com informações: Sintaema

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