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Ocupação Esperança comemora 10 anos valorizando a memória e as lutas que virão

Com as mulheres à frente, conduzindo as atividades políticas e a festa, é claro. Foi assim que a Ocupação Esperança, em Osasco (SP), comemorou 10 anos de resistência e luta por moradia no sábado (26).

O frio e garoa fina bem que tentaram, mas não passaram nem perto de desanimar aqueles que há uma década enfrentam o desafio garantir na marra o direito de morar que, apesar de assegurado pela Constituição, não é praticado pelo poder público.

Se falta teto, as famílias ocupam. As fotos em exposição, especialmente preparada para a comemoração pelo fotógrafo Sérgio Koei, contam a história de um bairro que nasceu pelas mãos das trabalhadoras e trabalhadores.

História rica e ainda viva. O documentário exibido num barracão lotado de moradores, amigos e ativistas de partidos políticos, movimentos sociais e outras ocupações, que foram prestigiar o evento, mostra que ainda há muitas páginas a se escrever.

Em alguns minutos, o filme reúne imagens do início de tudo, com as primeiras barracas de lona, e também das lutas feitas em 10 anos, incluindo a participação na campanha pelo Despejo Zero, em 2022.

Ato político

Um pouco antes da exibição do documentário, um ato político com falas de lideranças resgatou a memória de luta da ocupação, bem como projetou a necessidade de permanecer firmes na luta.

“Essa ocupação nasce na rabeira das lutas de 2013. A gente aproveitou que a polícia tava toda no centro e foi buscar nosso terreno na periferia”, explica Helena Silvestre, escritora e uma das principais lideranças no início da Ocupação Esperança.

“Quando a gente começou aqui, a grande maioria das pessoas na vizinhança diziam que não duraríamos 15 dias. Mas a gente dizia que iria ficar, porque estamos organizados e preparados pra isso”, completou Helena.

A companheira ainda lembrou dos diversos incêndios criminosos enfrentados pelos moradores e que se hoje o bairro permanece é pelo esforço do povo, uma vez que o poder público ainda está de braços cruzados, tolerando inclusive o risco de despejo de 500 famílias.

O ato político continuou com a fala de Atnágoras Lopes, representante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, que apontou o protagonismo das mulheres na direção da ocupação. Também foi feito o convite a todos para estarem presentes no 5º Congresso da CSP-Conlutas.

“Sim nos temos orgulhos de ter derrotado a extrema direita, mas não da pra confiar no governo Lula que nomeia um ministro que ataca LGBT’s  e o povo Guarani Kaiowa. Aqui entra nossa independência de classe”, afirmou Atnágoras.

“Pra quem luta por moradia, pouco importa quem é governo, seja ele vermelho ou amarelo. Ou dá casa pra morar ou nós vamos ocupar. Governo é governo, movimento é movimento. E movimento precisa de organização, independência de classe e solidariedade. É por isso que temos orgulho da Ocupação Esperança”, concluiu.

Bolo e festa

O tradicional bolo de aniversário e o “parabéns a você” não poderiam faltar. A festa continuou animada noite adentro com discotecagem e a apresentação da banda Frizz que tocou diversos sucessos da música popular brasileira e também muito rock’n’roll nacional.

A CSP-Conlutas se orgulha em fazer parte desta história que comprova a capacidade dos trabalhadores e trabalhadoras organizados em construir não só um bairro, mas um novo modelo de organização, sem oprimidos e explorados, a sociedade socialista.

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