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Futuro da Ocupação dos Queixadas pode ser decidido no dia 6/7

Moradores da Ocupação dos Queixadas, em Cajamar (SP), estão apreensivos. A audiência que pode definir o futuro de mais de 100 famílias foi marcada para o dia 6 de julho, apenas uma semana antes da comunidade completar quatro anos de existência.

A reunião de mediação no Gaorp (Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse) é fundamental para que se encontre uma solução que não o despejo de quase 500 pessoas, a maioria mulheres e crianças.

“Queremos a desapropriação do terreno por parte do Poder Público e a regularização fundiária e urbanística da área, garantindo nossa permanência e dignidade. Queremos construir uma solução pra que está audiência não seja só para marcar a data do despejo”, afirma o comunicado divulgado pela ocupação.

Organizada pelo movimento Luta Popular, a Ocupação dos Queixadas vai completar 4 anos no próximo dia 13. O que antes era um terreno abandonado, sem qualquer uso social, agora abriga famílias e possui biblioteca, barracão, horta comunitária e espaço para aulas de reforço para os jovens. 

Histórico

Em outubro de 2021, foi concedida pela justiça a ordem de despejo. Desde então, a comunidade contou com o respaldo da ADPF 828, emitida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em função da grave crise causada pela pandemia, que proibia remoções forçadas.

Com o fim da medida no ano passado, o Supremo sentenciou que nenhuma remoção poderia ocorrer sem negociações prévias. Por isso a reunião junto ao Gaorp é tão importante. Agora, os moradores permanecerão em vigília até a data do encontro.

“A gente vai seguir com as vigílias, agora mais intensas, na nossa ocupação. Sabemos que não dá pra confiar no estado e nem na justiça burguesa. Vamos seguir mobilizados e atentos. Queremos que tudo dê certo e que consigamos arrancar na marra o direito à moradia para todas as famílias da ocupação”, afirma Vanessa Mendonça, moradora da comunidade e liderança do Luta Popular.

Queixadas ficam!

A CSP-Conlutas reitera seu apoio à luta por moradia no país e a todos e todas que estão na linha de frente dessa luta justa. As ocupações são fruto da necessidade que milhares de famílias de trabalhadores enfrentam, sem qualquer ajuda do poder público.

Além disso, as ocupações são uma experiência do povo se auto-organizar e lutar por tudo que precisam para garantir vida digna. 

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