Trabalhadores da ICL Jacareí-SP, fábrica israelense de fertilizantes com atuação no Brasil e exterior, completam hoje, 9, o quinto dia de greve. A paralisação por tempo indeterminado ocorre por conta da intransigência da empresa, diante das negociações.
A pauta da mobilização inclui a discussão do Programa de Participação nos Resultados (PPR), a implementação de um plano de cargos e salários, o fim da contratação de temporários (caracterizando terceirização irrestrita) e o encerramento da escala de trabalho que exige que um setor opere em sábados alternados.
Segundo os trabalhadores, a ICL Jacareí-SP, ao longo dos anos, tem sistematicamente tentado impor medidas como a retirada do convênio médico e a negação de reajustes salariais e de PPR considerados dignos.
O estado de greve foi votado em assembleia após as negociações salariais não avançarem. Em resposta à mobilização, a empresa solicitou uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, agendada para 10 de junho. No entanto, a categoria não se intimidou e decidiu pela paralisação total da fábrica como forma de pressão para novas negociações.
“Amanhã será a audiência de conciliação, mas se não chegar a um valor que convença, os trabalhadores continuarão paralisados”, afirma um representante do movimento. Os trabalhadores iniciaram uma campanha de apoio político e de solidariedade junto a organizações internacionais como LIS (Liga Internacional Socialista) e ao movimento sindical combativo.
