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Comunidades escolares protestam contra intervenções arbitrárias de Nunes na rede municipal

A prefeitura de São Paulo comandada por Ricardo Nunes continua avançando com os planos de privatização do ensino público na cidade. O último movimento, foi o afastamento autoritário de 25 diretores de escolas municipais.

O método de afastar os trabalhadores e nomear interventores para tomar conta das unidades de ensino lembra práticas da Ditadura Militar e as comunidades escolares já tem se levantado para denunciar mais este abuso.

Na segunda-feira (26), a comunidade da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Espaço de Bitita, no bairro Canindé, na zona norte de São Paulo, realizou uma manifestação em defesa da permanência do diretor da escola.

O mesmo ocorreu na na região do Rio Pequeno, zona oeste da capital, com pais, alunos e professores da Emef Ibrahim Nobre também se manifestando contra a arbitrariedade da prefeitura.

Sem qualquer processo legal, esses diretores foram retirados de suas funções escolares para participar de um projeto de formação. A seleção dos profissionais teria sido pautada pelo desempenho das escolas no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

No entanto, a justificativa não se sustenta. Segundo os sindicatos e especialistas, os diretores comandavam escolas com projetos pedagógicos positivos, tendo recebido até mesmo premiações.

Também aponta-se que o uso do Ideb para tal finalidade não faz o menor sentido, visto que este não foi criado para ranquear as escolas e sim para ajudar o poder público a entender as necessidades escolares de cada região. 

Fato é que a prefeitura agiu para atacar os princípios democráticos das escolas e os profissionais da educação devem se organizar para enfrentar mais este absurdo na educação paulistana.

Tarcísio segue Nunes

O mesmo mecanismo autoritário de afastamento de diretores está sendo utilizado pelo governo estadual, sob o comando do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas. Até o momento, seis diretores já foram afastados seguindo o mesmo critério de avaliação.

Sem qualquer aviso prévio, muitos diretores relatam ter conhecido seus desligamentos já quando outro profissional ocupava seu cargo. Uma mostra de quão desastrosa está sendo esta medida para a organização das escolas.

Fora interventores!

“Esta intervenção criminosa é sim uma ditadura imposta pelo Ricardo Nunes. Isso porque culpabiliza os colegas pela crise da Educação que é de responsabilidade dos governos, inclusive do governo federal e seus cortes para salvar o Arcabouço Fiscal”, explica Profº Lucas, da Executiva Estadual da CSP-Conlutas.

“É de responsabilidade também do governador Tarcísio e seu piso salarial muito baixo e do processo de privatização das escolas e de Nunes e seu arrocho salarial. Eles querem nos culpar pelo caos que criam na educação”, explica o companheiro.

Para Profº Lucas, a movimentação da Prefeitura também visa perseguir os profissionais, uma vez que houve uma forte greve no último mês. Por isso, é fundamental que os sindicatos da educação deem todo suporte aos afetados pelas medidas de Nunes.

A CSP-Conlutas também defende uma Greve Nacional da Educação em que os profissionais possam agir em unidade contra os ataques dos governos nas três esferas (nacional, estadual e municipal). 

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