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Comunidades protestam contra despejos em SP e preparam mobilização unificada para 11 de junho

Na manhã desta segunda-feira (26), a cidade de São Paulo foi marcada por protestos organizados por comunidades ameaçadas de remoção forçada. Moradores paralisaram vias expressas e denunciaram o descaso do poder público com o direito à moradia.

A favela do Areião, na região do Jaguaré (zona oeste), bloqueou a Marginal Pinheiros e ocupou a linha do trem da CPTM em protesto contra a tentativa de remoção de cerca de 300 famílias por parte da empresa Enel. A área, no entanto, abriga quase 5 mil famílias e está em processo de organização para resistir à ameaça.

Simultaneamente, na zona leste, moradores das ocupações Jorge Hereda e Terra Prometida interditaram a Avenida Aricanduva exigindo o fim das ordens de despejo e a desapropriação das áreas para garantir o direito constitucional à moradia.

Ambos os protestos foram reprimidos com violência pela PM.

Vanessa Mendonça, do Movimento Luta Popular, que participou dos protestos desta segunda-feira, destacou a urgência da mobilização.

“É um absurdo que um estado tão grande e tão rico como São Paulo ainda permita que tantas pessoas sejam despejadas e jogadas na rua, sem qualquer tipo de programa habitacional. É muita casa sem gente e muita gente sem casa. É necessário que todos nós somemos força com essas famílias, porque essa é uma luta de quase todo o povo brasileiro”, disse.

“Esquenta para o dia 11”

As ações fazem parte de um calendário de luta contra os despejos, que deve culminar no próximo dia 11/6 com uma grande mobilização unificada. A data foi definida em assembleia realizada pela Campanha Despejo Zero, no último dia 21, no galpão do MST, e contou com a participação de cerca de 120 representantes de movimentos por moradia, associações de bairro e comunidades ameaçadas. A CSP-Conlutas e movimentos filiados, como o Luta Popular, estiveram presentes.

O dia de luta será uma resposta à política de remoções em curso no estado, que tem afetado milhares de famílias em áreas públicas, particulares e zonas de risco. O movimento alerta para a criminalização da pobreza e da luta por moradia e exige um basta à violência estatal.

Os despejos são denunciados como parte de uma política de higienização social promovida pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliada à especulação imobiliária. A crescente repressão policial também é denunciada, em especial a atuação da PM e das GCMs (Guardas Civis Metropolitanas), sob o comando do secretário de segurança Guilherme Derrite.

Saiba mais: Movimentos sociais organizam marcha contra despejos e violência policial em junho

Ocupação dos Queixadas também está sob ameaça

A CSP-Conlutas e suas entidades filiadas acompanham também a luta das famílias da Ocupação dos Queixadas em Cajamar/SP, que há quase seis anos lutam pelo direito à moradia digna. Há uma decisão judicial iminente para o cumprimento da reintegração de posse, a partir de um “plano” de despejo apresentado pela Prefeitura, o que significará uma tragédia social!

É possível impedir o conflito e construir uma solução que não agrave o problema colocando famílias na rua, sem qualquer alternativ. Depende do Prefeito de Cajamar, Kauan Berto, oficiar a Secretaria de Habitação do Governo do Estado, através do Cidade Legal, solicitando a inclusão da comunidade no Programa.

Confira aqui a moção de apoio aos Queixadas e exigência à Prefeitura para evitar o despejo.

Ocupar as ruas e exigir moradia digna

“Despejo não é solução! A cidade é nossa e não podemos ser excluídos como se fôssemos entulho”, afirmou em nota o Movimento Luta Popular.

É preciso organizar os de baixo contra a violência dos de cima!

Despejo zero, moradia digna já!.

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