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Estreia da nova sede dos metroviários terá assembleia que pode marcar greve

A quarta-feira (21) será agitada para os metroviários e metroviárias de São Paulo. No mesmo dia em que inauguram sua nova sede, os companheiros e companheiras podem marcar a greve em defesa dos direitos da categoria. 

Além de renovação do acordo coletivo, reposiçao da inflação, ganho real, PR e plano de carreira, a campanha salarial deste ano tem sido marcada pela luta contra a privatização e a terceirização.

O tema ganhou ainda mais importância, após a tragédia ocorrida na Linha Lilás, privatizada, com a morte de um passageiro prensado entre o vagão e a porta de segurança no início do mês de maio.

Os rumos desta luta serão decididos na primeira Assembleia Geral que ocorrerá na inauguração de um novo espaço de luta, localizado no bairro do Belenzinho, zona leste de São Paulo. 

Nova sede para fortalecer organização e luta

Em 2021, o então governador do estado João Dória, em uma atitude autoritária, tomou a antiga sede dos metroviários. A ação claramente estava a serviço de atender às especulações imobiliárias e enfraquecer a organização sindical. 

Diante de tamanho ataque, houve muita resistência por parte do todo movimento social paulistano, com a CSP-Conlutas fazendo parte ativamente da luta pela manutenção do antigo prédio. A categoria não se deu por vencida e, em 2023, com muito esforço dos metroviários e metroviárias, foi conquistado o novo espaço que será inaugurado nesta quarta-feira.

O prédio administrativo já funciona no local, porém, era necessário ampliar a sede, com um espaço maior para assembleias e que também pudesse oferecer lazer aos associados. Esta ampliação será celebrada na quarta.

Luta coletiva

O Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo explica que tudo isso só foi possível com a luta coletiva, autofinanciamento e muita união entre todos os sócios, ativistas e dirigentes. 

“Os recursos com os quais foi possível comprar a nova sede dos metroviários vieram de um fundo criado a partir da reintegração dos metroviários demitidos na greve de 2014. Os demitidos desta greve foram bancados pela categoria, a partir do aumento de 0,3% da mensalidade sindical”, informa o site da categoria.

“Depois que todos eles foram reintegrados, como receberam as verbas rescisórias, devolveram todo o dinheiro que receberam no período em que estavam demitidos para o Sindicato. Foi criado um fundo com o qual foi possível comprar um novo espaço. A ampliação do espaço também foi possível como fruto da luta coletiva, pois foi resultado da contribuição que uma parte dos trabalhadores metroviários fez após terem sido ressarcidos pelo Metrô sobre o seu adicional de periculosidade”, conclui.

Tamo junto nessa luta!

Uma delegação da CSP-Conlutas estará presente na inauguração do novo espaço e apoiará ativamente a greve, caso esta seja a vontade da maioria da categoria. 

“Nós sentimos parte deste momento que é emocionante.É a retomada da casa dos trabalhadores. Algo que sempre foi referência nesta cidade e no estado de Sâo Paulo”, afirma Atnágoras Lopes, integrante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

“Isso aqui suplanta a agressividade do governo do estado e mostra que com independência de classe, autofinanciamento e organização os trabalhadores superam e se afirmam diante das dificuldades”, conclui.

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