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Professores da rede municipal de São Paulo entram em greve e exigem valorização

Cansados da desvalorização e do descaso da Prefeitura, os professores da rede municipal de São Paulo aprovaram greve nesta terça-feira (15/4).

Em assembleia realizada em frente à sede da administração municipal, a categoria deixou claro: exige um reajuste salarial digno, de 44%, o fim imediato do confisco de 14% sobre aposentados e pensionistas, e condições mínimas de trabalho nas escolas públicas.

A CSP-Conlutas também levou as bandeiras contra a privatização das escolas e pela revogação dos ataques aos readaptados e licenciados.

A decisão foi motivada pela proposta considerada inaceitável do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que pretende conceder apenas 2,60% de reajuste em 2025 e 2,55% em 2026 — percentuais que não cobrem sequer as perdas inflacionárias e reforçam a precarização da carreira docente.

Os professores denunciam o desrespeito com que vêm sendo tratados e exigem diálogo imediato com a Prefeitura. A reivindicação vai além de números: trata-se de reconhecer o papel fundamental da educação e dos profissionais que a sustentam. O desconto de 14% nos vencimentos dos aposentados é apontado como uma medida cruel, que penaliza justamente aqueles que já dedicaram uma vida inteira ao serviço público.

A mobilização foi conduzida por sindicatos que integram a Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc), e novas ações já estão em curso. Um novo protesto está marcado para esta quarta-feira (16/4), desta vez organizado pelo Fórum das Entidades, que reúne servidores de diferentes áreas, incluindo educadores da Aprofem, sindicato que não compõe a Coeduc. Este grupo também exige reajuste salarial de 12,9% e o fim do desconto sobre aposentadorias.

Enquanto a base se organiza para resistir, a Prefeitura tenta justificar o reajuste de 5,2% como um avanço. Em nota, a gestão municipal afirmou que a proposta representa valorização, comparando-a a correções simbólicas de 0,01% aplicadas por governos anteriores. Para os professores, essa justificativa escancara a falta de compromisso real com a educação pública e a tentativa de camuflar mais um ataque ao funcionalismo.

O funcionalismo se articula para impedir a aprovação do projeto na Câmara Municipal, onde ainda passará pela Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ). A luta agora é clara: barrar o retrocesso, garantir direitos e exigir respeito.

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