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Plenária Sindical e Popular prepara 1º de Maio e debate desafios da classe trabalhadora

Com trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias, a Plenária Sindical e Popular da CSP-Conlutas, realizada em Bauru (SP), no sábado (12), não só reestrutura a atuação de nossa Central naquela região, como dá fôlego para a realização do ato de 1º de Maio.

A atividade foi sediada na subsede da Apeoesp e contou com aproximadamente 60 ativistas de sindicatos, movimentos sociais diversos e partidos políticos. O principal objetivo era organizar uma oposição de esquerda ao governo Lula, que faça ouvir a sua voz.

Entre as organizações presentes estavam: MNL (Movimento Nacional de Luta), Luta Popular, Movimento Barricadas, Subsede Apeoesp, Sinsprev, PSTU, UP, PCBR e DSL, além de ativistas bancários e camponeses da região de Descalvado.

Ainda sobre as entidades convidadas, destaque para o Movimento Vozes da Periferia de Bauru e o movimento das famílias do Massacre de Paraisópolis (São Paulo), que apresentaram um painel dedicado à discussão sobre o aumento da violência policial.

Segundo levantamento, as mortes causadas pela PM no estado aumentaram 98% durante a gestão do governador, Tarcísio de Freitas, e do Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, ambos bolsonaristas.

Os debates apontaram a necessidade da união dos movimentos numa campanha pelas vidas negras, pobres e periféricas, não somente exigindo o uso de câmeras corporais, à revelia de Tarcísio, mas também a demissão imediata de Derrite.

Outros temas

A necessidade da luta contra a escala 6×1 também foi tema. Após aglutinar milhares de trabalhadores em 2024, a pauta está sendo discutida em Plenárias Estaduais em todo o país, como preparação para um grande dia de luta nacional em 2 de maio.

“Esta é uma escala que coloca a escravidão para o trabalhador”, explica Silvana, da CSP-Conlutas São Paulo. “Esta pessoa fica sem vida. Sem tempo para se divertir ou conviver com sua família, participar da educação dos filhos”, salienta.

A luta pela reforma agrária, demarcações e contra os despejos foi tratada na perspectiva de que somente os trabalhadores organizados, junto aos povos originários, serão capazes de garantir a moradia digna e os territórios.

“Ou tá junto com os fazendeiros ou tá junto com aqueles que ocupam terra. Estar com os dois é impossível. Embora o Lula tenha o discurso, na prática fecha os olhos pra todos os ataques que temos sofrido na pele”, afirma Vanessa Mendonça, do Luta Popular.

“Neste último período a violência no campo, nos territórios quilombolas e indígenas aumentou uma coisa absurda. Isso tudo graças a bancada BBB, a da Bala, Bíblia e do Boi, que fortalece esses ataques o tempo todo, concluiu. 

Retirada de direitos

No âmbito da construção do 1º de Maio, de luta, classista e internacionalista, o debate sobre a retirada de direitos com as reformas trabalhista e da previdência, também foram evidenciados pelos presentes.

É fundamental que a palavra de ordem pela revogação das reformas e da lei da terceirização estejam incorporadas, em um momento de ofensiva global contra as conquistas básicas de nossa classe.

“É tão brutal a retirada de direitos que isso fica até fora do horizonte das novas gerações. Não existe um mecanismo que possa permitir sonhar em se aposentar. O problema da aposentadoria e de proteger as pessoas é um problema de estado, mas ficou fora do alcance das novas gerações tamanha crise do capital”, explica Atnágoras Lopes, da Executiva Nacional da CSP-Conlutas. 

“Nós temos um desafio no 1º de Maio. Em São Paulo, o 1 de maio das outras centrais terá os sorteios de carros, com shows sertanejos. Nós vamos realizar o Dia Internacio de Luta do Trabalho independente na Av. Paulista, que seja um ponto de apoio à oposição de esquerda em todo o país”, conclui. 

Coordenação provisória

A Plenária Sindical e Popular também decidiu pela composição de coordenação provisória para organizar os trabalhos da Central, em Bauru. Desta forma será possível atender os interesses dos trabalhadores da região de forma independente e classista.

Os nomes indicados para a coordenação são: Arthur (Oposição APEOESP), Ricardo (MNL), Piauí (Ocupações Rurais de Descalvado), Maria (Ocupaçao Maria Petit), Letícia (Luta Popular), além do convidado permanente, Paulinho (base bancários). 

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