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Comitiva brasileira viajará à África em apoio à causa do povo saaraui

“Uma Palestina na África”. Assim é conhecido o território do Saara Ocidental, cujo povo também sofre com severas restrições impostas por um estado invasor. É para lá que irá uma caravana partindo do Brasil em novembro.

Quem explica esta história é Isabella Marcelo, professora e tradutora de árabe, e visitará por cerca de duas semanas, a região habitada pelo povo saaraui, em especial, aqueles que vivem no acampamento de refugiados em Tindouf, na Argélia.

“O objetivo da nossa ida aos acampamentos é justamente divulgar a causa, com a intenção de que o Brasil reconheça a legitimidade da RASD (República Árabe Saraui Democrática) e assim o povo saaraui se aproxime de sua independência”, explica Isabella.

O Saara Ocidental é conhecido por ser a última colônia em território africano. A região foi colonizada pela Espanha, porém após a saída dos espanhois, forças marroquinas e da Mauritânia ocuparam a terra e a exploram desde então.

“O povo saaraui está majoritariamente em situação de refúgio e sem muitos recursos, vivendo principalmente nos acampamentos de refugiados de Tindouf, na Argélia, no deserto, com escassez de água, alimentos e outros recursos básicos”.

Isabella também conta que a monarquia do Marrocos, assim como fez Israel contra os palestinos, construi um muro de mais de 2.700 km para aprisionar os saaraui e limitar o acesso aos recursos.

A Frente Polisário (Frente Popular de Libertação de Saguía elHamra e Río de Oro) quem organiza a comitiva é um movimento político e revolucionário que aposta na solidariedade internacional para fortalecer a luta dos saaraui.

Cobranças ao governo brasileiro

A caravana também divulga faz exigências ao governo Lula. É preciso que o Brasil reconheça a independência da RASD, assim como já fizeram cerca de 70 países, como Cuba, Argélia e África do Sul.

França, Israel e Estados Unidos são aliados da monarquia marroquina e impedem a independência dos saaraui. Por isso, é importante pressionar o governo brasileiro, que atualmente tem relações diplomáticas e comerciais com os invasores.

“Precisamos lembrar que o fato de ser uma causa pouquíssimo conhecida no Brasil é intencional. O governo brasileiro mantém relações comerciais e diplomáticas com o Reino do Marrocos e é aí que podemos colaborar: divulgando e pressionando para o rompimento dessas relações”, explica Isabella.

“E, para além disso, sendo o único país que tem por segunda língua o espanhol, acaba por ser uma ponte entre o mundo árabe, o continente africano e a América Latina. O povo saaraui é muito acolhedor, hospitaleiro e alegre. Valorizam muito o conhecimento, a arte e a vida em comunidade! Mesmo tendo muito pouco, ninguém fica desamparado, nem desabrigado. São um grande exemplo de resistência e organização política e social”

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