No próximo sábado, dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, os movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda promoverão em todo o país o “Grito dos Excluídos”, que chega à simbólica marca de 30 edições.
Com o tema “Vida em Primeiro Lugar!”, acompanhado do lema “Todas as formas de vida importam! Mas quem se importa?”, a mobilização visa colocar em debate uma realidade mais do que atual. O objetivo é reafirmar o compromisso em defesa da vida em todas as suas expressões, ao mesmo tempo em que busca provocar a reflexão sobre a indiferença da sociedade diante de múltiplas formas de exclusão.
Exemplos disso não faltam, como a violência vivenciada pelos povos indígenas, negros e negras, lutadores sociais, o desrespeito aos direitos dos trabalhadores, entre outros.
O “Grito dos Excluídos” surgiu em 1995 como uma resposta crítica às celebrações oficiais do Dia da Independência.
Organizada por pastorais da Igreja Católica e movimentos sociais e sindicais, a mobilização reivindica a “real independência e soberania do Brasil”, e critica políticas governamentais que, ano após ano, prejudicam os trabalhadores, dificultando o acesso à saúde, educação, aposentadoria e outros direitos essenciais para uma vida digna e verdadeiramente livre.
As organizações envolvidas apontam a Dívida Pública como um dos principais fatores que perpetuam a dependência e a desigualdade do país. Em 2023, o Brasil destinou R$ 1,89 trilhão ao pagamento de juros e amortizações da Dívida, o que representou quase 50% do Orçamento federal.
É esse desvio de recursos que compromete investimentos em áreas essenciais como saúde, educação, assistência social e segurança pública, impactando negativamente a vida das populações mais vulneráveis.
Neste ano, os atos destacarão questões como a luta contra a privatização, o Arcabouço Fiscal, a reforma do ensino médio, a criminalização dos movimentos sociais, a falta de moradia, a fome e a precarização dos direitos e empregos.
A CSP-Conlutas marcará presença nos atos pelo país e faz o mesmo chamado as suas entidades e movimentos filiados, para levarmos as bandeiras de luta aprovadas por nossa Central e defender a independência de classe em relação aos patrões e governos.