O Ministério Público do Trabalho da 15ª Região convocou a prefeita de Caçapava, Pétala Lacerda (Republicanos), a participar de uma reunião com o Sindicato que representa os servidores municipais para explicar ações antissindicais de seu mandato.
A decisão do MPT ocorreu na segunda sessão de mediação que ocorreu na manhã desta sexta-feira (3). Participaram representantes do Paço Municipal, Sindicato e CSP-Conlutas Vale do Paraíba.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caçapava havia denunciado à Justiça o fato de seus diretores não serem liberados de suas funções para o exercer da prática sindical, algo que já ocorreu nesta gestão e em outras anteriores.
A liberação remunerada é fundamental para que a entidade possa representar a categoria. Fato é que o sindicato está fechado, devido à proibição que impede seus ativistas de deixarem seus postos de trabalho.
O Sindicato também cobrou a assinatura do acordo coletivo e a contribuição negocial conforme os servidores aprovaram em assembleia. A questão deve ser resolvida com a Prefeitura ainda neste ano.
A nova reunião com a prefeita Pétala está marcada para o dia 14.
Perseguição
Antônio Macapá, diretor da CSP-Conlutas Vale do Paraíba, explica que desde o momento em que o sindicato dos servidores passou a ser dirigido pela CSP-Conlutas, a perseguição do poder público aumentou.
“O Sindicato agora tem uma direção da CSP-Conlutas e começou o trabalho de mobilização da categoria no período da Campanha Salarial. A prefeita e os vereadores não devem ter ficado satisfeitos, pois vieram pra cima com o intuito de fechar o sindicato”, explica Macapá.
Segundo o companheiro, as práticas antissindicais e o assédio moral viraram rotina contra os diretores sindicais.“Esta é uma postura clara de quem não aceita que Caçapava tenha um sindicato forte e atuante, que faça a defesa dos servidores”, conclui.
Apesar da pressão dos políticos, a CSP-Conlutas seguirá batendo de frente com a Prefeitura e a Câmara Municipal, organizando a categoria por melhores condições de trabalho, salários, defesa do serviço público e contra o sucateamento e terceirização.