Os professores e servidores municipais de São Paulo vão realizar um novo protesto contra o desmonte das carreiras do funcionalismo idealizado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). O ato irá ocorrer em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, às 14h, na quinta-feira (28).
O Projeto de Lei que implementava o reajuste salarial de apenas 2,16% foi aprovado em votação na Câmara Municipal, na terça (26). O texto, que agora irá para a sanção do prefeito, simboliza todo descaso da gestão com os servidores e a Educação.
É importante lembrar que em 2020, a mesma Câmara aprovou um aumento salarial de 46% para Nunes, então vice-prefeito de São Paulo. Na ocasião, o salário do político bolsonarista passou de pouco mais de R$ 21 mil para R$ 31 mil.
“O índice é tão baixo, que minutos após a votação, a Secretaria de Educação teve de somar quatro anos de reajuste para poder publicar em suas redes. Os servidores vão seguir em luta por condições de trabalho”, afirma Professor Lucas, diretor do Sinpeem pela Oposição e militante do PSTU.
Entre as reivindicações dos professores estão reajuste salarial de 39%, além de reivindicar pautas como o fim do confisco para aposentados, o aumento das rondas escolares e a criação de grupos de trabalho para debater a educação inclusiva e a saúde dos profissionais da rede.
Servidores encerram greve
Com a decisão da Câmara, os servidores públicos decidiram pelo fim da greve, porém com a manutenção da mobilização. Eles ainda exigem a negociação dos dias parados e caso haja qualquer tipo de punição aos trabalhadores, poderão voltar a cruzar os braços.
Com um indicativo de greve aprovado, os companheiros prometem uma nova paralisação caso o governo proponha reestruturação das carreiras da Educação ou ataque qualquer outra carreira. Também haverá a continuidade da luta contra o confisco de 14% dos aposentados e pensionistas, por melhores condições de trabalho, concursos públicos em todas as áreas e revisão da lei de férias.
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