Os metroviários e metroviárias de São Paulo tiveram mais uma vitória na Justiça do Trabalho, nesta quarta-feira (6). Em caráter liminar, ficou estabelecido que Altino Prazeres, integrante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas e diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, deverá ser reintegrado até o dia 8 de março.
A decisão ocorre apenas um dia após outros cinco trabalhadores terem suas demissões suspensas. São eles: Benedito Leite de Lima, Gabriela Ferreira Pomin, Priscila Guedes da Silva, Rodrigo Thiago de Souza e Sérgio Ricardo Machado.
No próximo dia 20, uma nova audiência julgará a demissão do vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Narciso Soares. Já em maio, deverá ocorrer o julgamento de Alex Fernandes, também da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
“Eu sinto um alívio. A gente sabe que é uma demissão política. Estou contente e firme, agora vamos seguir na batalha. A luta agora estará mais forte porque é comprovado a prática antissindical da empresa”, afirmou Altino logo após o fim da audiência.
Luta contra as privatizações
As demissões dos metroviários ocorreram em novembro de 2023, em um momento de crescimento da luta contra a privatização do Metrô, CPTM e Sabesp, idealizada pelo governador bolsonarista, Tarcísio de Freitas.
Durante o segundo semestre do ano passado, foram inúmeros atos de rua, audiências públicas, além de um plebiscito que ouviu quase 1 milhão de pessoas. No entanto, os pontos altos dessa luta foram as duas greves gerais realizadas no estado.
A resposta de Tarcísio foi tentar reprimir o movimento. Além de apostar na violência policial e a prisão de ativistas, ele também não perdeu tempo em demitir as lideranças, como ocorreu no Metrô.
Campanha Internacional
Diversas entidades sindicais de outros países já enviaram moções exigindo a reintegração dos oito metroviários e metroviárias demitidos/as. Os esforços fazem parte de uma Campanha Internacional em defesa dos empregos dos trabalhadores.
Os documentos estão sendo aviados aos consulados brasileiros em cada país. Até o momento, já ingressaram na campanha organizações do México, Estados Unidos, Chile, Peru, Argentina, Paraguai, Itália e Mali.
A CSP-Conlutas está na linha de frente das mobilizações pela reintegração de todos os trabalhadores demitidos por lutarem. A privatização de serviços essenciais trará grandes problemas à população, por isso, todo apoio aos companheiros e companheiras!