Em agosto de 2023, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não poupou elogios ao trabalho da Polícia Militar enquanto uma chacina ocorria na baixada santista, em represália à morte de um policial. Ao todo, foram 28 mortos e inúmeros relatos de tortura nas comunidades.
O posicionamento do político bolsonarista bate com o aumento da violência policial em seu primeiro ano de mandato. Segundo o portal G1, comparado ao ano de 2022, o número de pessoas mortas pela polícia aumentou 34% no ano passado.
Ao todo, foram 434 óbitos registrados. Isso significa que os agentes de segurança, de folga ou a trabalho, mataram mais de uma pessoa por dia.
Infelizmente, o apoio do governador aos abusos da PM não ficaram apenas no discurso. Tarcísio também atuou para desmontar o programa “Olho Vivo”, que exige o uso de câmeras nos uniformes dos policiais.
Apesar de possuir recursos para comprar novos equipamentos, visando ampliar a iniciativa ou repor câmeras danificadas, Tarcísio não gastou um centavo para inibir os crimes cometidos pela PM.
Ele ainda teve a cara de pau de afirmar em entrevista ao Bom Dia SP, da TV Globo, que as câmeras “não têm efetividade para a segurança do cidadão”.
No entanto, na pesquisa lançada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) foi apontado a diminuição das mortes causadas por policiais em 62,7% logo no primeiro ano do “Olho Vivo”.