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Categorias confirmam: SP vai parar no próximo dia 28 com greve unificada

São Paulo vai parar! Este é o recado de sindicatos de diversas categorias ao governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e que dá a dimensão da greve unificada que será realizada na próxima terça-feira (28).

Realizadas na terça-feira (22), as assembleias na Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Metrô e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) aprovaram a mobilização.

O movimento contra as privatizações no estado tem tudo para ser ainda maior que a greve realizada no dia 3 de outubro. Agora, além dos trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM, haverá o reforço dos professores da rede estadual e servidores públicos.

A luta contra a privatização do serviço de água e esgoto, além do transporte de passageiros sobre trilhos, também ganhou novas pautas, o que denota o desastre que tem sido a administração do político bolsonarista

Os profissionais da Educação, por exemplo, denunciam o corte de verbas no setor, exigem a revogação da Lei Complementar 1374/22, que dispõe sobre salários, além de reivindicar a aplicação correta da jornada no piso salarial, entre outras demandas.

“Nós estamos fazendo um chamado a todos os professores para aderirem à paralisação. Junto aos demais serviços, a educação também está sendo atacada: Tarcísio quer cortar quase R$ 10 bilhões da rede paulista, privatizar a gestão de 33 escolas com apoio do BNDES e da lei das PPP’S do governo Lula, e ainda está demitindo milhares de professores temporários com encerramento dos contratos”, afirma Flavia Bischain, professora e integrante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas. 

“Por tudo isso, estamos cobrando que a direção da Apeoesp construa na base da categoria essa mobilização ao lado dos demais trabalhadores.  Só a unidade da nossa luta pode derrotar os ataques dos governos”, conclui.

A readmissão dos oito metroviários demitidos em represália pelo governo estadual e a direção do Metrô também está na pauta do movimento unificado, assim como o fim das terceirizações no Metrô e CPTM.

A greve unificada também vai exigir que Tarcísio realize um plebiscito oficial para perguntar o que a população pensa sobre a venda da Sabesp, do Metrô e a CPTM.  A consulta popular, realizada pelos sindicatos, nos últimos dois meses, ouviu quase 900 mil pessoas.

A ampla maioria dos participantes votou não ao plano de entregar à iniciativa privada o patrimônio público, como sonha em fazer Tarcísio. Por isso, é fundamental lutar para que a vontade do povo seja cumprida.

“Existe uma unidade muito grande das categorias”, explica Narciso Soares, vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. “Será muito importante o apoio da população. Vamos juntar todos os movimentos para derrotar este projeto que entrega o patrimônio público para os empresários e piora o atendimento à população”, conclui. 

Narciso também explica que a reestatização da ENEL – empresa de energia –  entrou na pauta. Isso ocorre após o caos vivenciado pela população há duas semanas que ficou dias sem energia elétrica. 

Muito mais do que as chuvas, o principal responsável foi o descaso da empresa com a população. A demissão de 36% das equipes de manutenção foi sentida pelos usuários que acumularam prejuízos devido a falta de luz.

Agenda de Luta

Na segunda-feira (27), haverá uma assembleia unificada das categorias em frente à Câmara Municipal de São Paulo, às 16h. Será realizada uma votação simbólica com todas as categorias que já aprovaram a greve.

Na terça-feira (28), acontece um ato do SIMPEEM em frente a Secretaria Municipal de Educação, às 13h. Mais tarde, às 15h os trabalhadores farão um novo ato contra as privatizações em frente a Alesp.

A luta é o caminho

O movimento dos trabalhadores é uma resposta ao avanço da sanha privatista de Tarcísio. Em uma manobra, ele apresentou a privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo como Projeto de Lei, o que lhe garante menos impedimos para a aprovação.

O texto já teve seu relatório aprovado pelos deputados estaduais na terça-feira (22) e agora poderá ser avaliado pelo plenário no dia 28. Por isso, é fundamental esquentar o clima das mobilizações contra essa proposta que irá penalizar os usuários.

O Rio de Janeiro é um exemplo. Após a privatização, a tarifa da água só aumentou, assim como as denúncias sobre a péssima qualidade do serviço prestado pela empresa privada. Além disso, como visa apenas o lucro, deverá haver inúmeras demissões para retenção de gastos.

No caso da CPTM, o edital para a privatização da linha 7 já tem data marcada: 29 de fevereiro de 2024. O objetivo do governo é vender todas as linhas, incluindo o Metrô, até 2025 quando se encerra o mandato de Tarcísio.

A herança então deixada seria a pior possível. As falhas e os acidentes nas linhas de trens privatizadas são tantas que o Ministério Público de São Paulo chegou a pedir o fim do contrato da ViaMobilidade com o governo, em 2022. 

“O governador Tarcísio de Freitas quer destruir o serviço público em São Paulo, quer atacar de uma vez, a Sabesp, CPTM, educação e saúde com a privatização e cortes de verbas”, afirma Alex Fernandes, da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

“O plebiscito popular mandou o recado, a população quer serviço público e estatal. A greve do dia 28 será maior que a de 3 de outubro. Temos que barrar essas privatizações, terceirizações, cortes de verbas e reintegrar as metroviárias e metroviários demitidos nessa luta contra a destruição do serviço público”, conclui. 

Todo apoio

Mais uma vez, a CSP-Conlutas estará na linha de frente desta luta. É fundamental expressar o repúdio às privatizações também em âmbito federal. Na lista do governo Lula de privatizações estão o metrô de Porto Alegre e Recife. É preciso barrar esta proposta.

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