A luta contra a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM, no estado de São Paulo, foi responsável por uma greve histórica no dia 3 de outubro, que parou a capital paulista. Logo após a mobilização, que teve adesão total da categoria e apoio na população, o governador Tarcísio de Freitas demitiu de forma arbitrária oito funcionários do Metrô. Uma evidente atitude antissindical e de ataque à organização dos trabalhadores.
Mas se o plano do político bolsonarista era esfriar o movimento, o que aconteceu é exatamente o contrário. A luta unificada agora é contra as privatizações e pela readmissão dos companheiros e companheiras demitidos.
Centrais sindicais e diversos sindicatos, personalidades e partidos políticos estão assinando uma moção que exige a readmissão dos dirigentes e ativistas. Além do abaixo-assinado, é forte a solidariedade nas redes e organização da luta.
Os metroviários e metroviárias, em assembleia, aprovaram a campanha pela readmissão, contra as perseguições políticas e ações antissindicais por parte da direção do Metrô e do governador. Já foi também realizada audiência na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de S.Paulo) e na Câmara Municipal, como em Mauá contra as demissões e privatizações. A CSP-Conlutas está na campanha desde o começo.
Nova luta unificada dia 28/11
A mobilização de solidariedade de classe se soma à grande campanha contra a privatização do Metrô, Sabesp e CPTM, que terá um novo dia de luta. As três categorias preparam uma nova paralisação unificada para 28 de novembro que terá adesão de outros trabalhadores, como professores e funcionários da Fundação Casa.
É a luta contra o pacote de privatizações do governo Tarcísio, que ameaça o transporte público, o serviço de abastecimento de água à população, a educação pública e também pela readmissão dos oito trabalhadores metroviários demitidos arbitrariamente.
Vamos à luta! Reintegração dos Metroviários demitidos, já! Água, saneamento e acesso à energia para todos e todas por serviços públicos e de qualidade.
Quem são os demitidos
Os metroviários/as têm dado seu depoimento sobre a luta contra a privatização no Metrô e a prática antissindical do governo. Confira alguns dos vídeos já produzidos e publicados nas redes da Central.
Saiba quem são os companheiros/as:
- Narciso Soares, 18 anos de empresa, Operador de Trem da Linha 2, vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de SP.
- Rodrigo Tiago (Tufão), 12 anos de empresa, operador de Trem da Linha 15, da CIPA, diretor do Sindicato dos Metroviários de SP.
- Gabriela Guedes, 6 anos de empresa, operadora de Trem da Linha 2, da CIPA.
- Altino de Melo, 27 anos de Operador de Trem da Linha 1, ex-presidente do Sindicato e ex-coordenador do Sindicato, diretor da executiva nacional e estadual da CSP-Conlutas e do Sindicato dos Metroviários de SP.
- Alex Fernandes, 34 anos de empresa, trabalha na estação da Linha 3, diretor do Sindicato dos Metroviários de SP e da executiva nacional da CSP-Conlutas.
- Gabriela Pomin, 9 anos de empresa, operadora de Trem da linha 2, da CIPA.
- Sérgio Ricardo, 26 anos de empresa, supervisor da L2, da CIPA.
- Benedito Leite, 25 anos de empresa, operador de Trem da Linha 2.