Mas a Campanha Contra as Privatizações continua!
O movimento sindical e político prestam solidariedade!
Por Altino Prazeres
No dia 24 de outubro os metroviários começaram a receber telegramas de demissões por justa causa e apuração de falta grave com o afastamento do trabalho e sem salário. Foram 8 demitidos entre metroviários e metroviárias e uma suspensão.
E qual seria o crime?
Ousaram lutar contra as perseguições aos Operadores de Trem relativos aos movimentos grevistas anteriores. Os operadores se negaram a dar treinamento aos fura-greves lutando contra uma ação antissindical denunciado pelo Sindicato dos Metroviários. No dia 12 de outubro vieram advertências escritas contra os Operadores de Trem da Linha 2-Verde, depois seguiriam pras demais linhas, além da irritação com a chefia do setor que ficava falando para os operadores de trem que deveriam fazer curso de elétrica para serem terceirizados nas empresas privadas como chacota. Os operadores reagiram e esta foi a motivação oficial da empresa. Mas, na verdade, a direção da empresa estava querendo o sangue dos metroviários porque a greve de março e do dia 3 de outubro, esta unificada com ferroviários e Sabesp, colocaram em cheque o governador Tarcísio e seu projeto de privatização das empresas estatais. O governo estava sedento por vingança.
Quem são os demitidos?
Narciso Soares, 18 anos de empresa, Operador de Trem da Linha 2, vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de SP.
Altino de Melo, 27 anos de Operador de Trem da Linha 1, ex-presidente do Sindicato e ex-coordenador do Sindicato, diretor da executiva nacional e estadual da CSP-Conlutas e do Sindicato dos Metroviários de SP.
Alex Fernandes, 34 anos de empresa, trabalha na estação da Linha 3, diretor do Sindicato dos Metroviários de SP e da executiva nacional da CSP-Conlutas.
Rodrigo Tiago (Tufão), 12 anos de empresa, operador de Trem da Linha 15, da CIPA, diretor do Sindicato dos Metroviários de SP.
Gabriela Guedes, 6 anos de empresa, operadora de Trem da Linha 2, da CIPA.
Gabriela Pomin, 9 anos de empresa, operadora de Trem da linha 2, da CIPA.
Sérgio Ricardo, 26 anos de empresa, supervisor da L2, da CIPA>
Benedito Leite, 25 anos de empresa, operador de Trem da Linha 2.
Solidariedade de classe
Uma assembleia dos metroviários aprovou a campanha pela readmissão, contra as perseguições políticas e ações antissindicais por parte da direção do Metrô e do governador.
Esta campanha foi assumida pelo movimento sindical e político de São Paulo e do país, além de uma campanha internacional. Já tem várias centrais sindicais e sindicatos, personalidades e partidos políticos assinando a moção pela readmissão. A CSP-Conlutas está nesta campanha desde o começo.
Teve audiência na Alesp e Câmara Municipal, como em Mauá contra as demissões e privatizações.
Esta campanha é de solidariedade de classe que se soma na grande campanha contra a privatização do Metrô, Sabesp e CPTM, que segue com o Plebiscito Popular Contra a Privatização que teve grande adesão popular, além de nova greve e mobilizações prevista para dia 28 de novembro com metroviários, ferroviários, Sabesp, Professores Estaduais e outras categorias.
Falta Luz, falta trem
Privatização é um caos para a população e uma mina de ouro para os bilionários
As chuvas e ventos em São Paulo no dia 3 de novembro deixou mais de 2,1 milhões de imóveis sem energia elétrica, quase 90 horas sem energia em 200 mil casas na capital paulista, teve protestos e confrontos de rua contra a falta de energia.
Tudo isso é culpa da privatização da companhia elétrica, hoje ENEL, com falta de funcionários, demora no atendimento. Até a imprensa teve que reconhecer o problema da privatização no caso da energia e tudo isso põe o tema das privatizações do saneamento básico e do transporte sobre trilhos de São Paulo na ordem do dia.
As linhas 8 e 9 privatizadas da ferrovia da Via Mobilidade, apelidada de Via Imobilidade, têm caos todos os dias e as linhas 4 e 5 do metrô ganham dinheiro sem parar, além da proteção do governo. Não é à toa, que novos cinco bilionários do país são da CCR que está por trás da Via Mobilidade e da Linha 4 e 5.
A luta continua
Os trabalhadores e a população cada vez mais protestam contra as privatizações e suas consequências. Agora é seguir os protestos, explicar porque a privatização é prejudicial pra grande maioria da população e que só quem ganha são os bilionários e grandes empresas.
Esta é uma luta dos de baixo contra os de cima, contra a burguesia e seus governos de plantão. Lutamos contra as privatizações e pela reestatização dos metrôs e ferrovias privatizados em São Paulo e no Brasil, inclusive tivemos a primeira privatização do ano em março, o metrô de Belo Horizonte, pelo governo Lula/Alckmin encomendado em dezembro pelo Bolsonaro.
Segue a luta com força a batalha contra a privatização da Sabesp, do saneamento básico, e pela reestatização da empresa elétrica de SP e do país.
Vamos nos somar na solidariedade de classe contra as perseguições aos lutadores sociais e contra a entrega da riqueza e dos serviços para um punhado de bilionários.