Contra a agenda de privatizações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), trabalhadores de diferentes categorias estão articulando uma campanha unificada no estado.
Nas últimas semanas, metroviários, ferroviários, trabalhadores do saneamento básico, servidores públicos, parlamentares, movimentos sociais e centrais sindicais, entre elas a CSP-Conlutas, têm se reunido para elaborar um plano de luta contra a entrega do patrimônio público.
Como um bom bolsonarista, Tarcísio já declarou que pretende entregar à iniciativa privada todas as linhas do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), bem como o tratamento e distribuição da água, atualmente realizados pela Sabesp ( Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.
Para evitar essa catástrofe, que iria piorar a vida de todos os paulistas, já existe um calendário de mobilizações. O auge dos protestos será a organização de um plebiscito popular, a partir do dia 5 de setembro, para dar ouvidos à população sobre o tema da privatização. Em outubro, também ocorrerá uma greve unificada das categorias envolvidas.
“O inimigo número um da população de São Paulo é Tarcísio. As privatizações prometidas significam aumentar a concentração de renda, retirar direitos, piorar os serviços e aumentar as tarifas”, afirmou Altino Prazeres, metroviário e integrante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
Em seu discurso durante a assembleia realizada no último dia 10, na sede do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente), Altino defendeu a realização do plebiscito, uma vez que Tarcísio quer vender um bem público sem qualquer consulta à população que será afetada.
Contra as privatizações
Em São Paulo e em todo o país, a CSP-Conlutas está na linha de frente contra as privatizações e contra qualquer plano que restrinja o acesso da classe trabalhadora a um serviço público de qualidade.
Neste sentido, a cobrança sobre o governo Tarcísio será também feita a Lula, que articula uma nova lei para as PPP’s (Parceria Público Privado) e o Arcabouço Fiscal, que limita investimentos em setores cruciais como a Saúde e Educação.