Em dezembro de 2019, noves jovens moradores da periferia de São Paulo saíram de suas casas para se divertir, mas graças a uma ação da Polícia Militar eles não voltaram. O Massacre de Paraisópolis, como ficou conhecida a tragédia, terá um novo capítulo na terça-feira (25), quando terá início a produção das provas do processo criminal.
A primeira audiência dessa fase do processo ocorrerá na terça, no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. Familiares e organizações sociais, incluindo a CSP-Conlutas, pressionam para que os policiais sejam julgados em júri popular.
Dos 31 policiais militares que participaram da ação em Paraisópolis, 12 estão sendo processados, porém, 19 já foram inocentados. Para chamar a atenção da população e angariar apoio para que a Justiça seja feita, foi lançado o manifesto “Massacre de Paraisópolis”: a hora da justiça.
O documento exige que a tese de homicídio culposo (sem a intenção de matar), que atualmente consta no processo, seja derrubada. Há provas de que a corporação agiu de forma premeditada, assumindo os riscos de produzir uma situação com vítimas fatais.
O manifesto ainda pede a reversão da absolvição dos 19 policiais inocentados, além da conclusão, por parte da Secretaria de Segurança Pública do estado, dos processos administrativos contra os PMs envolvidos na operação.
Antes da audiência marcada para as 13h, haverá um ato dos familiares e amigos das vítimas, em frente ao Fórum, às 11h. Para assinar o manifesto acesse o link: https://forms.office.com/r/ufeVjF1RWk