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Ocupação Esperança terá audiência por regularização

Prestes a comemorar 10 anos de existência, a Ocupação Esperança, em Osasco (SP), deu um novo e importante passo na luta por moradia digna. Uma decisão da Justiça garantiu a realização de uma audiência de negociação sobre a regularização do bairro.

A reunião, ainda sem data marcada, será encaminhada pelo Gaorp (Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse) e pode mediar um acordo entre a Prefeitura, que manifestou interesse na regularização, e a empresa que se diz dona do terreno ocupado.

Agora, os moradores da Ocupação Esperança, organizados pelo movimento Luta Popular, querem se reunir com representantes do paço municipal para estabelecer as bases do acordo que será defendido na reunião.

Isso ocorre porque não há confiança na palavra da Prefeitura que há anos promete a regularização e, até o momento, não deu passos efetivos para que isso ocorra.

Os moradores desejam que a audiência seja o começo de uma solução e não para determinar o dia a hora de uma remoção forçada.

“A decisão da juíza foi um alívio. Muitos de nós estamos a 10 anos aqui. Foi com muito esforço. As vezes comíamos só o arroz branco pra economizar na mistura e ter dinheiro pra levantar uma casinha”, explica Maura Lopes, liderança da comunidade.

“Esta decisão é importante pra gente, pois com o despejo não teríamos pra onde ir. Estamos esperando a data da reunião. Ainda não é o fim da luta, mas a gente acredita que estamos no caminho”, conclui.

10 anos

Para celebrar os 10 anos de luta por moradia e direitos, os moradores da Ocupação Esperança já planejam a festa e um ato político no dia 26 de agosto. Até lá, eles produzirão vídeos e entrevistas que contam um pouco da histórica do território e das 500 famílias habitantes.

Todo apoio!

A CSP-Conlutas está na linha de frente da luta por moradia desde o início da Ocupação Esperança. É muito importante cercar o movimento de solidariedade neste momento e pressionar o poder público pela regularização.

Morar é um direito garantido pela Constituição e as ocupações comprovam que os trabalhadores e trabalhadoras pode ser donos de seus territórios e seus destinos, com espírito de luta e organização.

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