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SindMetal SJC | Metalúrgicos da Ericsson conquistam R$ 13.500 de PLR e abono

No dia em que o Sindicato completa 67 anos, os metalúrgicos da Ericsson conquistaram R$ 13.500 de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e abono pela Campanha Salarial 2023, além de vale-alimentação, aumento real e estabilidade no emprego. O acordo foi aprovado em assembleias, nesta segunda e terça-feira (14), em todos os turnos.

A proposta vinha sendo negociada desde o início de fevereiro, entre Sindicato e Ericsson. O resultado foi uma PLR de R$ 9.500 mais R$ 4.000 de abono, vale-alimentação de R$ 250 para quem recebe salário de até R$ 15.015 e estabilidade no emprego por 90 dias. Em 2022, os metalúrgicos da Ericsson receberam R$ 9.000 de PLR.

Para a Campanha Salarial deste ano, também ficou garantida a reposição da inflação pelo INPC mais 1% de aumento real e renovação de todos os direitos por dois anos.

O vale-alimentação era uma antiga reivindicação dos trabalhadores e não existia motivo para que a pauta não fosse atendida. A empresa passa por um momento de expansão econômica, devido à expectativa de produção da tecnologia 5G em São José dos Campos.

A estabilidade no emprego também estava entre as prioridades dos metalúrgicos da fábrica. Apesar das perspectivas de crescimento da produção e dos lucros, a Ericsson vinha realizando cortes injustificados. Era preciso, portanto, barrar esse processo de demissões.

Outra importante vitória foi a cláusula que concede 20% de adicional aos salários de trabalhadores que têm filhos com deficiência.

Onde tudo começou

A conquista dos metalúrgicos da Ericsson neste 14 de março coincide com o dia em que operários da fábrica fundaram o que viria a ser Sindicato. O ano era 1956 e os trabalhadores não aceitavam que a empresa cobrasse pelos uniformes. A partir da indignação pela cobrança, os funcionários começaram a se organizar e, em pouco tempo, criaram a associação que deu origem ao Sindicato. 

“Mesmo sem qualquer experiência em movimento sindical naquela época, os trabalhadores da Ericsson se uniram, se organizaram de forma espontânea e enfrentaram a empresa. Passados 67 anos, sabemos que nossa luta por direitos não termina e que a organização é fundamental para alcançarmos a vitória”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

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